desenho de ESPIGA PINTO
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
OS DEUSES
Os deuses movem-se devagar nas suas peanhas de calcário
têm cruzadas as pernas e os dois braços
como filhos acabados de parir
sobre altares redondos e secretos
os deuses movem-se devagar com gestos insondáveis
fundidos no seu bronze
e guardam nas duras rugas cinzeladas
a asfixia removida das nossas preces de areia
escrevem nas fragas e nas nuvens o fogo das suas vontades
os deuses movem-se devagar atrás do tempo dos
desejos velozes e dos frutos
têm nos redondos olhos salientes
o alarme pontual da nossa morte
os deuses
têm o ventre cheio do barro do
nosso esquecimento.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro Memória Imperfeita
Os deuses movem-se devagar nas suas peanhas de calcário
têm cruzadas as pernas e os dois braços
como filhos acabados de parir
sobre altares redondos e secretos
os deuses movem-se devagar com gestos insondáveis
fundidos no seu bronze
e guardam nas duras rugas cinzeladas
a asfixia removida das nossas preces de areia
escrevem nas fragas e nas nuvens o fogo das suas vontades
os deuses movem-se devagar atrás do tempo dos
desejos velozes e dos frutos
têm nos redondos olhos salientes
o alarme pontual da nossa morte
os deuses
têm o ventre cheio do barro do
nosso esquecimento.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro Memória Imperfeita
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
CLÁUDIO LIMA
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
PORCA DE MURÇA
duraremos
a eternidade circular
da sua forma ambígua e
tumular
deusa-mãe do
terror que a fé na pedra copiou
e que o musgo do tempo disfarçou
a nossa condição é o seu rito
criaturas geradas
das suas entranhas geladas
de granito
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro ANDAMENTO
duraremos
a eternidade circular
da sua forma ambígua e
tumular
deusa-mãe do
terror que a fé na pedra copiou
e que o musgo do tempo disfarçou
a nossa condição é o seu rito
criaturas geradas
das suas entranhas geladas
de granito
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro ANDAMENTO
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Capa de ESPIGA PINTO
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
NÃO SE ESGOTA A FONTE
Não se esgota a fonte do teu nome na
rocha pura aberta da memória
harmoniosos se sublevam os sentidos na
adivinha exacta do teu corpo
a uma palavra só
da fonte a água corre contornando os
teus seios e os teus dedos
jorros de espuma o teu olhar envolvem das
pulsões da nascente derivados
líquida continuidade do meu ser
transparente identidade onde me vejo
quanto mais te sentir de mim nascer
mais nítida e perfeita te desejo.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Não se esgota a fonte do teu nome na
rocha pura aberta da memória
harmoniosos se sublevam os sentidos na
adivinha exacta do teu corpo
a uma palavra só
da fonte a água corre contornando os
teus seios e os teus dedos
jorros de espuma o teu olhar envolvem das
pulsões da nascente derivados
líquida continuidade do meu ser
transparente identidade onde me vejo
quanto mais te sentir de mim nascer
mais nítida e perfeita te desejo.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
hoje nada te prometo
neste poema concreto vai
apenas um beijo o
desejo de
contigo correr entre os silvedos
colher amoras contar
com os dedos pelos
grãos de areia os anos a que faltam horas
horas guardadas nestas
conchas dobradas flores das
areias que
tens nas mãos cheias
fechadas
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
neste poema concreto vai
apenas um beijo o
desejo de
contigo correr entre os silvedos
colher amoras contar
com os dedos pelos
grãos de areia os anos a que faltam horas
horas guardadas nestas
conchas dobradas flores das
areias que
tens nas mãos cheias
fechadas
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
sábado, 5 de dezembro de 2009
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Apenas o teu nome memória azul de fumo
assim as mãos vazias
apartarão melhor do tempo dos meus dias
a tua ausência sem rumo
fria corre a água da luz
sobre o teu rosto
uma luz sem o lume
fogo posto
do meu corpo
que a cor do teu olhar já não resume.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
assim as mãos vazias
apartarão melhor do tempo dos meus dias
a tua ausência sem rumo
fria corre a água da luz
sobre o teu rosto
uma luz sem o lume
fogo posto
do meu corpo
que a cor do teu olhar já não resume.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
domingo, 29 de novembro de 2009
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
S. MIGUEL DE SEIDE
a minha cegueira avista a amargura verde
proibida de copiar
os relevos a cor e
a profunda calma do teu rosto
meu amor
veloz é a passagem da alegria e
lento o desespero
que a pressente diluída na distância
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
a minha cegueira avista a amargura verde
proibida de copiar
os relevos a cor e
a profunda calma do teu rosto
meu amor
veloz é a passagem da alegria e
lento o desespero
que a pressente diluída na distância
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
sábado, 21 de novembro de 2009
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
AS PALAVRAS DE ADEUS
A realidade é maior que a verdade meu amor
somos mais do que o sol e do que o mar e
em nenhuma metáfora cabemos
mesmo quando dizemos eu
sou a música tu és o luar
com cadeias de ferro nos unimos
em nosso nome jurámos
pelas cascas dos frutos bebemos
de mel silvestre nos alimentámos
mas de fora sempre ficou
algo que nos próprios sentimentos já não coube
e um gosto que indicou algo
que a boca já dizer não soube
entre as coisas as palavras e a sua mudez
paira a irrealidade de
que nos fizemos
nem uma só vez foram verdade as
palavras de adeus que nos dissemos.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
A realidade é maior que a verdade meu amor
somos mais do que o sol e do que o mar e
em nenhuma metáfora cabemos
mesmo quando dizemos eu
sou a música tu és o luar
com cadeias de ferro nos unimos
em nosso nome jurámos
pelas cascas dos frutos bebemos
de mel silvestre nos alimentámos
mas de fora sempre ficou
algo que nos próprios sentimentos já não coube
e um gosto que indicou algo
que a boca já dizer não soube
entre as coisas as palavras e a sua mudez
paira a irrealidade de
que nos fizemos
nem uma só vez foram verdade as
palavras de adeus que nos dissemos.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
JOÃO DE DEUS RODRIGUES
A MEDITAÇÃO
Quando fores ao campo,
Conversa com as flores silvestres,
E admira a dança, delicada,
Duma abelha nelas pousada.
E atenta na melodia dum grilo,
A cantar seus louvores
A esse jardim florido.
E ouve o silêncio do vento,
A beijar com delicadeza
As dávidas da natureza.
Olha também o firmamento,
E escuta a voz do mar,
Mesmo que as ondas dancem longe,
Para lá do teu imaginar.
Mas escuta,
Escuta mais,
E cada vez mais fundo,
Até ouvires a voz do Mar,
No seu murmúrio profundo
No silêncio do teu meditar.
JOÃO DE DEUS RODRIGUES - Livro PASSAGENS E AFECTOS
Quando fores ao campo,
Conversa com as flores silvestres,
E admira a dança, delicada,
Duma abelha nelas pousada.
E atenta na melodia dum grilo,
A cantar seus louvores
A esse jardim florido.
E ouve o silêncio do vento,
A beijar com delicadeza
As dávidas da natureza.
Olha também o firmamento,
E escuta a voz do mar,
Mesmo que as ondas dancem longe,
Para lá do teu imaginar.
Mas escuta,
Escuta mais,
E cada vez mais fundo,
Até ouvires a voz do Mar,
No seu murmúrio profundo
No silêncio do teu meditar.
JOÃO DE DEUS RODRIGUES - Livro PASSAGENS E AFECTOS
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
PRÉMIO NACIONAL DE POESIA - FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
2007 - ANTÓNIO CABRAL
2008 - CLÁUDIO LIMA
2009 - JOAQUIM DE BARROS FERREIRA
2010 - ANTÓNIO FORTUNA
2007 - ANTÓNIO CABRAL
2008 - CLÁUDIO LIMA
2009 - JOAQUIM DE BARROS FERREIRA
2010 - ANTÓNIO FORTUNA
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
no meio da tarde através dos
olhos arde o
teu corpo sobre a
relva verde
falemos agora de um amor que nenhuma palavra
limita ou perde
apenas o suor a
saliva o sémen e um
aroma de flor
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
olhos arde o
teu corpo sobre a
relva verde
falemos agora de um amor que nenhuma palavra
limita ou perde
apenas o suor a
saliva o sémen e um
aroma de flor
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
terça-feira, 3 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
era a idade do fogo e do degelo
puros acordavam os desejos das
flores de cada fruto não desenganados
tinham acabado de nascer as flores de laranjeira
pássaros furtivos vigiavam a
coincidência do teu corpo com o
aroma das tílias
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
puros acordavam os desejos das
flores de cada fruto não desenganados
tinham acabado de nascer as flores de laranjeira
pássaros furtivos vigiavam a
coincidência do teu corpo com o
aroma das tílias
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
JOÃO DE DEUS RODRIGUES
SER POETA
O poeta,
É uma criatura
De alma aberta.
Que nasce nu,
Vive pobre
E morre rico.
Nasce nu,
Com alma de enamorado,
Para cantar triste,
O que deveras sofre, amargurado.
Vive pobre,
Por não ser compreendida
A causa nobre,
Que o consome.
Semeando no vento,
Que a perversidade
É um acto avarento!
E morre rico,
Porque a sua semente
Germina no Amor eternamente,
Abrindo sempre em flor.
PASSAGENS E AFECTOS - JOÃO DE DEUS RODRIGUES
O poeta,
É uma criatura
De alma aberta.
Que nasce nu,
Vive pobre
E morre rico.
Nasce nu,
Com alma de enamorado,
Para cantar triste,
O que deveras sofre, amargurado.
Vive pobre,
Por não ser compreendida
A causa nobre,
Que o consome.
Semeando no vento,
Que a perversidade
É um acto avarento!
E morre rico,
Porque a sua semente
Germina no Amor eternamente,
Abrindo sempre em flor.
PASSAGENS E AFECTOS - JOÃO DE DEUS RODRIGUES
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
sábado, 24 de outubro de 2009
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Foi num dia concreto como grãos de trigo que
tu chegaste ao fim das palavras e
partiste
eu era os rochedos em que as ondas vinham desfazer-se
tu o barco que navegava na planície azul
alguém havia um dia de dizer como
dois seres inventam o silêncio e o habitam nesse
preciso lugar onde as palavras nada significam e
é inútil falar de amor ou de amargura
nem adeus nos dissemos de nada valeria
no cais de qualquer vida se desprendem os
sentimentos de seus nomes
anónimos e livres seguimos cada
qual por seu caminho até as próprias pedras
palpitavam de medo e de suspeita
alguém havia um dia de dizer como
dois seres se introduzem na pura solidão
cercados de vazias palavras arbitrárias e do
bater pontual do coração.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
tu chegaste ao fim das palavras e
partiste
eu era os rochedos em que as ondas vinham desfazer-se
tu o barco que navegava na planície azul
alguém havia um dia de dizer como
dois seres inventam o silêncio e o habitam nesse
preciso lugar onde as palavras nada significam e
é inútil falar de amor ou de amargura
nem adeus nos dissemos de nada valeria
no cais de qualquer vida se desprendem os
sentimentos de seus nomes
anónimos e livres seguimos cada
qual por seu caminho até as próprias pedras
palpitavam de medo e de suspeita
alguém havia um dia de dizer como
dois seres se introduzem na pura solidão
cercados de vazias palavras arbitrárias e do
bater pontual do coração.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
CLÁUDIO LIMA
de que tempo é o poema
de que século
de que ano?
sem rótulo que não é vinho
sem eco que não tem séquito
sem idade
infinitésimo precário instante
de computar os séculos
as décadas os dias
na baça periferia da memória
sopro de fogo
contra as muralhas
do silêncio
CLÁUDIO LIMA - ITINERARIUM
de que século
de que ano?
sem rótulo que não é vinho
sem eco que não tem séquito
sem idade
infinitésimo precário instante
de computar os séculos
as décadas os dias
na baça periferia da memória
sopro de fogo
contra as muralhas
do silêncio
CLÁUDIO LIMA - ITINERARIUM
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
ANTÓNIO FORTUNA
LIVRO
Se todo o livro fosse um ferro em brasa,
Deixava marcas fundas como a fome,
Razão por que se lê, mas não se come,
Razão por que alimenta a "tábua rasa".
A página de um livro é uma asa
Que agita leve o ar que se consome,
É ponte sobre um rio que não some,
Saber, conhecimento, que não vaza.
Num dia incerto ouvi alguém dizer:
"Não leio um livro, um livro é que me lê!" . . .
E só agora eu percebi porquê ...
Em aconchego às horas de sofrer,
Um livro é um companheiro que nos vê,
Que nos folheia a vida e nos relê.
Poema de ANTÓNIO FORTUNA, do livro A CHAVE DO DEGREDO.
Se todo o livro fosse um ferro em brasa,
Deixava marcas fundas como a fome,
Razão por que se lê, mas não se come,
Razão por que alimenta a "tábua rasa".
A página de um livro é uma asa
Que agita leve o ar que se consome,
É ponte sobre um rio que não some,
Saber, conhecimento, que não vaza.
Num dia incerto ouvi alguém dizer:
"Não leio um livro, um livro é que me lê!" . . .
E só agora eu percebi porquê ...
Em aconchego às horas de sofrer,
Um livro é um companheiro que nos vê,
Que nos folheia a vida e nos relê.
Poema de ANTÓNIO FORTUNA, do livro A CHAVE DO DEGREDO.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
terça-feira, 13 de outubro de 2009
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Um dia saberemos meu amor quando
os elos do tempo já quebrados
como nas linhas das mãos os nossos dias
eram fios cruzados
águas desiguais no mesmo leito
de um rio
a mesma cor as unia
e um barco que nunca partiu
ancorado no meio
as dividia
um dia saberemos meu amor que
nestas palavras escritas
se muda para sempre a
minha boca
das que nunca foram ditas.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
os elos do tempo já quebrados
como nas linhas das mãos os nossos dias
eram fios cruzados
águas desiguais no mesmo leito
de um rio
a mesma cor as unia
e um barco que nunca partiu
ancorado no meio
as dividia
um dia saberemos meu amor que
nestas palavras escritas
se muda para sempre a
minha boca
das que nunca foram ditas.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
hoje nada te prometo
neste poema concreto vai
apenas um beijo o
desejo de
contigo correr entre os silvedos
colher amoras contar
com os dedos pelos
grãos de areia os anos a que faltam horas
horas guardadas nestas
conchas dobradas flores das
areias que
tens nas mãos cheias
fechadas
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - ANTOLOGIA POÉTICA
neste poema concreto vai
apenas um beijo o
desejo de
contigo correr entre os silvedos
colher amoras contar
com os dedos pelos
grãos de areia os anos a que faltam horas
horas guardadas nestas
conchas dobradas flores das
areias que
tens nas mãos cheias
fechadas
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - ANTOLOGIA POÉTICA
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
PRÉMIO NACIONAL DE POESIA
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
2007 - ANTÓNIO CABRAL
2008 - CLÁUDIO LIMA
2009 - JOAQUIM DE BARROS FERREIRA
2010 - ANTÓNIO FORTUNA
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
E do ponto mais alto do teu corpo se
vêem as neves permanentes e o mundo circular
e no fundo do teu ventre há um
rio furioso por entrar
no meu corpo te crucifico em corpo inteiro
abro as chagas do lado ponho a esponja do fel
lentamente canta caindo o sangue e
dizemos que a esponja sabe a mel
demoro nos teus seios a
avidez dos frutos sazonados
sigo o rumo das dunas dos teus ombros
os olhos nos teus olhos misturados
pátria do meu ventre e dos meus braços por
ti viajarei até ao mar não
tem regresso o caminho do teu corpo não
há segunda vez para te amar.
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - OBRA POÉTICA / ANTOLOGIA
vêem as neves permanentes e o mundo circular
e no fundo do teu ventre há um
rio furioso por entrar
no meu corpo te crucifico em corpo inteiro
abro as chagas do lado ponho a esponja do fel
lentamente canta caindo o sangue e
dizemos que a esponja sabe a mel
demoro nos teus seios a
avidez dos frutos sazonados
sigo o rumo das dunas dos teus ombros
os olhos nos teus olhos misturados
pátria do meu ventre e dos meus braços por
ti viajarei até ao mar não
tem regresso o caminho do teu corpo não
há segunda vez para te amar.
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - OBRA POÉTICA / ANTOLOGIA
sábado, 26 de setembro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
sábado, 19 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
terça-feira, 15 de setembro de 2009
sábado, 12 de setembro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
demasiado tarde meu amor agora só
nos resta contemplar este poente que se
nos põe nos olhos e os
devora
e de braços cruzados o
coração aberto a alma nua eco a
eco nos
meus passos contados se
acaba a nossa história ao fim da rua
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
nos resta contemplar este poente que se
nos põe nos olhos e os
devora
e de braços cruzados o
coração aberto a alma nua eco a
eco nos
meus passos contados se
acaba a nossa história ao fim da rua
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
domingo, 6 de setembro de 2009
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
PRÉMIO NACIONAL DE POESIA - FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
2007 - ANTÓNIO CABRAL
2008 - CLÁUDIO LIMA
2009 - JOAQUIM DE BARROS FERREIRA
2010 - ANTÓNIO FORTUNA
Prémio anual.
2007 - ANTÓNIO CABRAL
2008 - CLÁUDIO LIMA
2009 - JOAQUIM DE BARROS FERREIRA
2010 - ANTÓNIO FORTUNA
Prémio anual.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
domingo, 30 de agosto de 2009
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Subscrever:
Mensagens (Atom)