sexta-feira, 23 de outubro de 2009

CLÁUDIO LIMA

de que tempo é o poema
de que século
de que ano?

sem rótulo que não é vinho
sem eco que não tem séquito
sem idade

infinitésimo precário instante
de computar os séculos
as décadas os dias
na baça periferia da memória

sopro de fogo
contra as muralhas
do silêncio

CLÁUDIO LIMA - ITINERARIUM

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