quarta-feira, 26 de março de 2014

PEDRO SINDE



APRESENTAÇÃO

SETE SÁBIOS PORTUGUESES
de
PEDRO SINDE

Apresentação a cargo de
CARLOS AURÉLIO

Livraria Fonte de Letras
Sábado, 29 de Março, 17 H
Rua 5 de Outubro, 51
7000-854 Évora

sábado, 22 de março de 2014

MANUELA MORAIS




AS MONTANHAS SÃO SAGRADAS


A Serra do Marão ergue-se dominante, o Céu repousa nas cristas das montanhas e, assim, os Deuses comunicam com os Seres da Terra.
Devemos subir às montanhas e respeitá-las, buscar o Conhecimento Universal e iniciar, nas colinas, a comunicação privilegiada com o Divino.
As enormes rochas arredondadas atestam a antiguidade e a sua imponência impressiona. O panorama é grandioso: é fascinante apreciar a paisagem sem dimensão, monumental! Maravilha permanentemente! Contemplamos, sem cessar, a majestade deste cenário. Aqui, penhascos graníticos, urzes, pinheiros, rosmaninho, giestas, esteva e animais aprendem os segredos de ler a posição das Estrelas e da Lua. O destino poderoso e misterioso destes rochedos causa deslumbramento e surpreende sem limites. (. . .)



Livro - A TARTARUGA SONHADORA

MANUELA MORAIS

Capa e Desenhos - ESPIGA

quinta-feira, 20 de março de 2014

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES





S. MIGUEL DE SEIDE


a minha cegueira avista a amargura verde


proibida de copiar
os relevos a cor e
a profunda calma do teu rosto
meu amor


veloz é a passagem da alegria e
lento o desespero
que a pressente diluída na distância


Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

Livro - MEMÓRIA IMPERFEITA

segunda-feira, 17 de março de 2014

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES







chegaste enfim ao cais deste poema e a
evidência é tamanha como a
alegria que serve de tema à
música dos versos que a acompanha




Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Livro - MEMÓRIA IMPERFEITA

quinta-feira, 13 de março de 2014

MARIANA DE BRITO




A PAIXÃO



Nas pequenas vilas do Alentejo, quem não tivesse qualquer propriedade, courela, uma loja, uma venda ou outro bem, não fosse artesão, capador, ou não fosse detentor de um engenho rentável, em geral, era considerado pobre e, sendo as possibilidades de trabalhar por conta de outrem bastante remotas, o destino era, quase sempre, o trabalho no campo. Uma vez que só quem tinha posses podia continuar os estudos para além da quarta classe  e, após esta ser obrigatória, no caso dos rapazes, com muita frequência iam para Lisboa trabalhar nas mercearias, mandando, mensalmente, aos pais, grande parte do pouco que recebiam, através de carta, enviada pelo correio. Tratando-se de raparigas, para além da costura, servir era o seu destino. Umas ficavam a servir na própria terra, outras iam para Lisboa.
A dureza do trabalho no campo era conhecida por todos: trabalhar de sol a sol, pago à jorna, recebendo sempre o mesmo. (. . .)


MARIANA DE BRITO

ALENTEJO DE LONGE

Capa de ESPIGA

segunda-feira, 10 de março de 2014

JOAQUIM DE BARROS FERREIRA





SOMBRA DO MADRIGAL



Se à distância é o sussurro da ribeira,
É a ti que oiço no cicio.


Se é o pinhal de verde imenso
A remansar em toda a ramaria,


É a tua voz que me visita
No prelúdio da manhã.


Se algum molifo de nuvem cai,
Ai, és tu que choras.


Choras tu, lá no alto, assim entendo,
Choro eu, de saudade morrendo.




JOAQUIM DE BARROS FERREIRA

ROSA IN FLUMINA

Capa e Desenhos de ESPIGA

quarta-feira, 5 de março de 2014

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES








FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES



Poeta, escritor, investigador e ensaísta, nasceu em Jou (Murça) e leccionou em Murça, Vouzela, Porto, Chaves e nas Universidades de Granada (Espanha) e Seoul (Coreia do Sul). Autor de uma quinzena de livros publicados e alguns outros ainda inéditos.
A sua Poesia revela, a par de uma sólida e inovadora estrutura formal, o mundo sensível em que se movia, os apelos da terra-mãe, os arcanos da memória e as vibrações mais íntimas da sua personalidade. O seu acto poético foi sempre uma porta para a aventura criadora expressa em imagens emotivas mas também racionalizadas, na apreensão dos ritmos da água, do corpo, das ervas, da terra e seus aromas.