PLAZA BIB-RAMBLA
Apenas o teu nome memória azul de fumo
assim as mãos vazias
apartarão melhor do tempo dos meus dias
a tua ausência sem rumo
fria corre a água da luz
sobre o teu rosto
uma luz sem lume
fogo posto
do meu corpo
que a cor do teu olhar já não resume.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro MEMÓRIA IMPERFEITA
domingo, 31 de janeiro de 2010
sábado, 30 de janeiro de 2010
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
PATIO DE LOS LEONES
Passariam um dia as nossas vidas sob
estes arcos de filigrana abstracta e minuciosa
momento a momento anunciada cada
breve emoção estava prevista
um cavalo passa na memória do
quotidiano que aqui decorreu seguiremos
até ao pátio do encantador de serpentes a
sua flauta a infância nos acorda na inconsciência
era uma vez uma fada que daqui partiu de
cabelos dourados e
aqui viemos ver se eram realidade os
seus leões alados e
se o amor que os contou e a
fé que os escutou eram verdade.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro MEMÓRIA IMPERFEITA
Passariam um dia as nossas vidas sob
estes arcos de filigrana abstracta e minuciosa
momento a momento anunciada cada
breve emoção estava prevista
um cavalo passa na memória do
quotidiano que aqui decorreu seguiremos
até ao pátio do encantador de serpentes a
sua flauta a infância nos acorda na inconsciência
era uma vez uma fada que daqui partiu de
cabelos dourados e
aqui viemos ver se eram realidade os
seus leões alados e
se o amor que os contou e a
fé que os escutou eram verdade.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro MEMÓRIA IMPERFEITA
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
e tu voltaste então o rosto para o mar o
corpo nu apenas das
minhas mãos vestido
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
corpo nu apenas das
minhas mãos vestido
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
domingo, 24 de janeiro de 2010
ANTÓNIO FORTUNA
APRESENTAÇÃO
FRESCOS DA MEMÓRIA - ANTÓNIO FORTUNA
Aguarelas - ABEL FORTUNA
27 de Janeiro - 21,30 H
ESCOLA SECUNDÁRIA CAMILO CASTELO BRANCO
VILA REAL
Apresentação a cargo de
ANA PAULA FORTUNA e HENRIQUE MORGADO
sábado, 23 de janeiro de 2010
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
hoje nada te prometo
neste poema concreto vai
apenas um beijo o
desejo de
contigo correr entre os silvedos
colher amoras contar
com os dedos pelos
grãos de areia os anos a que faltam horas
horas guardadas nestas
conchas dobradas flores das
areias que
tens nas mãos cheias
fechadas
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
neste poema concreto vai
apenas um beijo o
desejo de
contigo correr entre os silvedos
colher amoras contar
com os dedos pelos
grãos de areia os anos a que faltam horas
horas guardadas nestas
conchas dobradas flores das
areias que
tens nas mãos cheias
fechadas
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
medo de te perder e medo de te amar medo ao
sol que se põe e ao dia que
amanhece medo ao
teu lugar vazio à ausência pura onde a
tua evidência permanece
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
sol que se põe e ao dia que
amanhece medo ao
teu lugar vazio à ausência pura onde a
tua evidência permanece
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
domingo, 17 de janeiro de 2010
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
VITA BREVIS
mas no barco do poema segue a viagem
anterior ao
naufrágio quotidiano da memória
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
mas no barco do poema segue a viagem
anterior ao
naufrágio quotidiano da memória
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
sábado, 16 de janeiro de 2010
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
EM SILÊNCIO VAMOS
em silêncio vamos para o
jardim para o bosque ou para o rio não
sabemos
o jardim onde nos conhecemos o bosque onde nos amámos
o rio onde jogámos e em silêncio vamos
nenhum gesto sobrepomos aos dos dias passados apenas
o sangue bate ao mesmo ritmo e
dizemos que estamos mudados e
que nada virá em lugar do que já fomos
o jardim ou o bosque ou o rio qual
deles chegará primeiro da memória à vontade da
saudade ao desejo das
mãos dadas a um beijo
mas juntos caminhando em breve soubemos
que dentro de nós
seguíamos sós
promessas trocámos que não cumpriremos e
enquanto regressamos em silêncio
vamos
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro MEMÓRIA IMPERFEITA
em silêncio vamos para o
jardim para o bosque ou para o rio não
sabemos
o jardim onde nos conhecemos o bosque onde nos amámos
o rio onde jogámos e em silêncio vamos
nenhum gesto sobrepomos aos dos dias passados apenas
o sangue bate ao mesmo ritmo e
dizemos que estamos mudados e
que nada virá em lugar do que já fomos
o jardim ou o bosque ou o rio qual
deles chegará primeiro da memória à vontade da
saudade ao desejo das
mãos dadas a um beijo
mas juntos caminhando em breve soubemos
que dentro de nós
seguíamos sós
promessas trocámos que não cumpriremos e
enquanto regressamos em silêncio
vamos
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro MEMÓRIA IMPERFEITA
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
vê só os
nardos secaram e há
pouco choveu no
tenebroso mar se separaram os
nossos barcos e
havia luar anoitecia quando
partimos e
havia sol
levou o vento norte para as dunas os
aromas dos nardos dos lírios e
dos ciprestes sílaba por
sílaba o
teu nome
acenderam-se as luzes da cidade um
comboio parte para
sempre de um cais de pedra e água verde e
eu regresso
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
nardos secaram e há
pouco choveu no
tenebroso mar se separaram os
nossos barcos e
havia luar anoitecia quando
partimos e
havia sol
levou o vento norte para as dunas os
aromas dos nardos dos lírios e
dos ciprestes sílaba por
sílaba o
teu nome
acenderam-se as luzes da cidade um
comboio parte para
sempre de um cais de pedra e água verde e
eu regresso
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
era a idade do fogo e do degelo
puros acordavam os desejos das
flores de cada fruto não desenganados
tinham acabado de nascer as flores de laranjeira
pássaros furtivos vigiavam a
coincidência do teu corpo com o
aroma das tílias
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
puros acordavam os desejos das
flores de cada fruto não desenganados
tinham acabado de nascer as flores de laranjeira
pássaros furtivos vigiavam a
coincidência do teu corpo com o
aroma das tílias
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
HAYDN
como o primeiro momento da luz dentro do mundo
assim o nosso primeiro amor
pássaros fosforescentes nascendo disparados
das pedras e das folhas
ver-nos-emos face a face
das nossas mãos surgirá
o dia nítido sem noite
contornado de esquecimento
e um longo coro exultante
compensará o vácuo da nossa antiga imagem
diluída na memória para sempre.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro ANDAMENTO
como o primeiro momento da luz dentro do mundo
assim o nosso primeiro amor
pássaros fosforescentes nascendo disparados
das pedras e das folhas
ver-nos-emos face a face
das nossas mãos surgirá
o dia nítido sem noite
contornado de esquecimento
e um longo coro exultante
compensará o vácuo da nossa antiga imagem
diluída na memória para sempre.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro ANDAMENTO
domingo, 3 de janeiro de 2010
Subscrever:
Mensagens (Atom)