HISTÓRIA DE UMA ROSA
deu à luz da manhã toda a sua cor e perfeição
floriu a rosa e
não foi ver ao espelho
sua forma de boca sua cor de fogo
vago desejo de forma o seu perfume depois
cobriu o sulco de cada pétala morta
abandonada ao vento
manchados da sua cor dedos se devoravam
estilhaçando os olhos que a choravam
gestos de a colher se dispersavam
e nos lábios palavras se matavam
a rosa estiolou e morreu
a harmonia do jardim passou além
em seu espaço inútil
suas pétalas secas e seu tempo perdido
que nenhuma memória contemplava.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro ANDAMENTO
segunda-feira, 28 de junho de 2010
domingo, 27 de junho de 2010
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
VII
mesmo perdida cada
aposta em ti
renova em si o
sentido único da vida
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
mesmo perdida cada
aposta em ti
renova em si o
sentido único da vida
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
sexta-feira, 25 de junho de 2010
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
SETEMBRO
e tu que conheces o reino silencioso
das formas e dos gestos
serenamente a ti regressas da perplexidade
e sobre a areia lisa te deitas e recolhes
com as mãos postas
e os olhos rasos de esquecimento
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro ANDAMENTO
e tu que conheces o reino silencioso
das formas e dos gestos
serenamente a ti regressas da perplexidade
e sobre a areia lisa te deitas e recolhes
com as mãos postas
e os olhos rasos de esquecimento
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro ANDAMENTO
sábado, 19 de junho de 2010
segunda-feira, 14 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
hoje nada te prometo
neste poema concreto vai
apenas um beijo o
desejo de
contigo correr entre os silvedos
colher amoras contar
com os dedos pelos
grãos de areia os anos a que faltam horas
horas guardadas nestas
conchas dobradas flores das
areias que
tens nas mãos cheias
fechadas
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Livro - JÚBILO DA SEIVA
neste poema concreto vai
apenas um beijo o
desejo de
contigo correr entre os silvedos
colher amoras contar
com os dedos pelos
grãos de areia os anos a que faltam horas
horas guardadas nestas
conchas dobradas flores das
areias que
tens nas mãos cheias
fechadas
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Livro - JÚBILO DA SEIVA
segunda-feira, 7 de junho de 2010
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
PRÉMIO NACIONAL DE POESIA
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
2007 - ANTÓNIO CABRAL
2008 - CLÁUDIO LIMA
2009 - JOAQUIM DE BARROS FERREIRA
2010 - ANTÓNIO FORTUNA
domingo, 6 de junho de 2010
sábado, 5 de junho de 2010
sexta-feira, 4 de junho de 2010
ANTÓNIO FORTUNA
Depois de tempo, tempo vem
ABERTURA NO SILÊNCIO
FRESCOS DA MEMÓRIA - ANTÓNIO FORTUNA
ABERTURA NO SILÊNCIO
A porta abriu-se com uma chave grande e lisa, rodando para a esquerda uma fechadura já desengonçada do uso. A luz entra e entabula um diálogo com a sombra e o silêncio guardados no pequeno pátio que antecede as escadas assimétricas e íngremes.
A luz fez chilrear as sete andorinhas de barro, em formação de gala, pregadas na parede caiada de branco. Pelo menos assim pareceu aos olhos que as olharam, matando as saudades de longos tempos de ausência. Sim, que os olhos também ouvem, tal como os ouvidos vêem na escuridão, porque, se assim não fosse, não nos orientaríamos no escuro através dos sons. (. . . )
FRESCOS DA MEMÓRIA - ANTÓNIO FORTUNA
Subscrever:
Mensagens (Atom)