sábado, 21 de janeiro de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES



FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES, em SEOUL, em 1988.

1 comentário:

  1. "Que me atirem uma pedra os que nunca foram despojados de si próprios. Já não tinha outra pátria senão o amor".
    M.Duras/Hiroshima,meu amor


    Tavira, 2 de Maio.

    O observador que toda a sua vida viu o mundo através do fumo do cigarro. A criança que toda a sua vida viu o pai através do fumo do cigarro dele. Idem para o amor.Um jovem que parte enfim do sítio do seu crime com um cigarro preso nos dentes.
    É quase meia noite. Não tenho um tostão no bolso.Sinto que, a partir de agora, talvez precisamente deste momento, todo o meu passado é um caso perdido. Corro ao longo das ruas. Recordo o Vasco: estás marcado, pá! Um dia tive nas mãos um grande amor. De repente notei que tinha para sempre as mãos vazias. O Cláudio diz que somos os filhos das sombras.Penso nos outros rapazes que, através de todas as experiências, caminharam naturalmente para a aquisição do seu equilíbrio interior. (...)

    In Assinalados
    F.M.G.

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