Entre
o aloendro ainda em flor à esquina da casa
e a macieira de Maio
o teu rosto pendular
nas palavras que todos dizíamos
sobre Camus, o absurdo, S. Lourenço e a liberdade
na grelha, do corvo o punho erguido,
nesse ano de 1962,
dentro do teu quintal de S. Martinho,
um semicírculo sob o outro,
o que se não vê mas sabemos à nossa medida,
já é alguma coisa a intempérie.
Ouvíamos-te nitidamente
como ao sino da urze na montanha.
Poema de ANTÓNIO CABRAL
Canto o Amor, de Manuela Morais
Há 2 dias
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