e eu gritei o teu nome
(o brilho verde do limo o
teu corpo minha
espada nua a
parábola do lago que prendeu lá no fundo
a lua)
a sufocação da
última recusa do teu corpo
os olhos cerrados em
nome do suor e do
rio vermelho do teu ventre
e eu gritei o teu nome
folha de nogueira
mão do vento (e uma folha de jornal
arrastada no chão
esvoaça
e vai cair na cabeça da
estátua equestre
do senhor dom Pedro da praça)
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Poema dedicado ao Porto
Canto o Amor, de Manuela Morais
Há 2 dias
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