segunda-feira, 27 de julho de 2009

E EU GRITEI O TEU NOME

e eu gritei o teu nome
(o brilho verde do limo o
teu corpo minha
espada nua a
parábola do lago que prendeu lá no fundo
a lua)

a sufocação da
última recusa do teu corpo

os olhos cerrados em
nome do suor e do
rio vermelho do teu ventre

e eu gritei o teu nome
folha de nogueira
mão do vento (e uma folha de jornal
arrastada no chão
esvoaça
e vai cair na cabeça da
estátua equestre
do senhor dom Pedro da praça)

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Poema dedicado ao Porto

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