NÃO SE ESGOTA A FONTE
Não se esgota a fonte do teu nome na
rocha pura aberta da memória
harmoniosos se sublevam os sentidos na
adivinha exacta do teu corpo
a uma palavra só
da fonte a água corre contornando os
teus seios e os teus dedos
jorros de espuma o teu olhar envolvem das
pulsões da nascente derivados
líquida continuidade do meu ser
transparente identidade onde me vejo
quanto mais te sentir de mim nascer
mais nítida e perfeita te desejo.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES