sexta-feira, 11 de abril de 2025

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES



NOME DO MEU NOME


Nome do meu nome

rouca bainha de não sei que grito

puro atrito

dos teus dedos abrindo as minhas mãos 


não sei se neste vazio de formas e de sons

um pássaro nasceu

ou o tempo roeu

seus ramos e pulmões


breve movimento

de cabelos

parado perfil de seios e joelhos

onde se quebra a luz deste momento.


Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

Livro ANDAMENTO, pág. 14



Sem comentários:

Enviar um comentário