À MEMÓRIA DA MINHA MÃE ALEXANDRINA
O rosto da minha Mãe
ficou
esbatido no tempo
gasto no lamento de perder
a doçura do seu olhar!
Os beijos que me deu
guardo-os
com a esperança de a abraçar,
um dia,
quando o sol se aquietar,
deixar de iluminar o meu rosto
voltado para o mar...
A lembrança que restou
foi o aroma do seu corpo
colado ao meu,
memória inextinguível de um tempo sagrado,
misterioso,
imperioso, com a exacta
imagem aberta dessa urgência
a adornar o jardim da nossa casa que guardo
como um raro tesouro em transformação...
Poema de Manuela Morais
Livro - DOURO Coroado, págs. 14/15
Sem comentários:
Enviar um comentário