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À memória de José Manuel ESPIGA Pinto
SAUDADE
À minha varanda
passa a brisa do mar,
sem aroma,
apenas ar fresco,
acariciando as lágrimas de amor!
Desperto,
sozinha.
O dia é extensão da noite.
Aprisionada à cama,
penetra-me o corpo
uma saudade louca
de ouvir-te cantar para mim. . .
Acaricio as esculturas
e pinturas em que posei para ti.
Poema de Manuela Morais
Livro - Depois do AMOR, pág. 27
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