SOMBRA DO MADRIGAL
Se à distância é o sussurro da ribeira,
É a ti que oiço no cicio.
Se é o pinhal de verde imenso
A remansar em toda a ramaria,
É a tua voz que me visita
No prelúdio da manhã.
Se algum molifo de nuvem cai,
Ai, és tu que choras.
Choras tu, lá no alto, assim entendo,
Choro eu, de saudade morrendo.
JOAQUIM DE BARROS FERREIRA
ROSA IN FLUMINA
Capa e Desenhos de ESPIGA
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