domingo, 16 de março de 2025

JORGE LAGE presta homenagem a ESPIGA Pinto ( no dia do seu aniversário).

 

Jorge Lage

para mim
Oh! Manuela!
O mérito desse texto sobre os «Ratinhos da Beira», o mérito e paciência de me contar em pormenor foi todo do Espiga. Sofri por ele não o ter visto escrito. Este texto é quase meio livro. Está lá um pouco da «alma» do Espiga e dos muitos «Ratinhos da Beira». É de uma riqueza etnográfica imensa.
Se o quiser memorar só tem que dizer que foi retirado do livro «Maria Castanha Outras Memórias». Já agora, a Maria Castanha simboliza, em primeiro lugar as mulheres do campo/rural, em segundo lugar as mulheres portuguesas e em terceiro lugar as nossas mães, as nossas irmãs e as nossas amigas.
Estou a tentar escrever um sétimo livro sobre a castanha para encerrar e me despedir do tema. Não me conta uma história uma memória de Murça.
O Fernão falava do sincelo dos castanheiros.
Abraço amigo,
Jorge Lage.

JORGE LAGE presta homenagem a ESPIGA Pinto (no dia do seu aniversário)

 


Jorge Lage


para mim
Oh! Manuela!
O mérito desse texto sobre os «Ratinhos da Beira», o mérito e paciência de me contar em pormenor foi todo do Espiga. Sofri por ele não o ter visto escrito. Este texto é quase meio livro. Está lá um pouco da «alma» do Espiga e dos muitos «Ratinhos da Beira». É de uma riqueza etnográfica imensa.
Se o quiser memorar só tem que dizer que foi retirado do livro «Maria Castanha Outras Memórias». Já agora, a Maria Castanha simboliza, em primeiro lugar as mulheres do campo/rural, em segundo lugar as mulheres portuguesas e em terceiro lugar as nossas mães, as nossas irmãs e as nossas amigas.
Estou a tentar escrever um sétimo livro sobre a castanha para encerrar e me despedir do tema. Não me conta uma história uma memória de Murça.
O Fernão falava do sincelo dos castanheiros.
Abraço amigo,
Jorge Lage.

quarta-feira, 12 de março de 2025

JORGE LAGE homenageia FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES



 

JORGE  LAGE

 

Biografia Fernão de Magalhães Gonçalves – A editora «Tartaruga», propriedade de Manuela Morais, vai a caminho de uma centena de livros publicados, cerca de dezena e meia são da sua autoria. É viúva do poeta (escritor) Fernão de Magalhães Gonçalves (FMG) há mais de 40 anos e tem tido um papel incansável e admirável na promoção e publicação da obra do seu falecido marido e ainda tem dado voz a autores desconhecidos. 

A abra, «Biografia Fernão de Magalhães Gonçalves», tem na capa uma fotografia do FMG e na contracapa outra deste com Miguel Torga, seu amigo. Na badana da contracapa, pode ler-se que Manuela Morais, nasceu em Murça e é licenciada em Literatura Comparada e que instituiu o «Prémio Nacional de Poesia – Fernão Magalhães Gonçalves (…) retrata a história de uma personagem incontornável do panorama literário Torguiano (…) A obra do Fernão não é entretenimento das horas livres, parece estar ao espelho, tal a densidade, com uma linguagem original, libertadora e intimista…». Em jeito de nota inicial, a autora poeta: «Amar// é o sentimento grandioso// de iluminação// esperança// de ficar,// poder contar as alegrias// e os sonhos// que não queríamos// deixar// por concretizar!»  Sobre a vida e a obra de FMG, escreve Manuela Morais, viúva do autor biografado no «Prelúdio»: «Escrevia como se estivesse como se estivesse em contínuo estado de celebração, em graça, com uma incomparável perfeição, sobriedade, (…)  Vamos, então, empreender numa espantosa viagem que contou quarente e cinco anos de vida,». A vida de FMG fica balizada pelo nascimento em Freiria, freguesia de Jou, concelho de Murça (1943) e pela morte súbita em Seoul, Coreia do Sul, em 1988. Se formos folheando com atenção o interior do livro ficamos com a ideia que esta obra de Manuela Morais para homenagear, uma vez mais, FMG, se queda entre a biografia e a fotobiografia, com muita fotografia a enriquecer o seu conteúdo interessante. Quem melhor que a Manuela Morais para falar da pessoa que caminhou a seu lado em quase todos os momentos da vida conjugal? Para ilustrar a realidade da vida sobre o que nos espera e que a gadanha atingiu FMG na flor da via, cita a autora, Miguel Torga, no penúltimo Diário XV e no dia do funeral de FMG: «Jou, Murça, 14 de Janeiro de 1988 – É terrível, a morte. Tira o sentido às palavras, aos gestos, às lágrimas, ao silêncio. Deixa a vida sem expressão». Resta dizer que estive duas vezes com o FMG e as palavras foram quase de silêncio, tinha distância com o desconhecido, talvez fruto da sua aureolada amizade com Miguel Torga. Eu próprio o via já como uma pessoa importante, também me cruzei algumas vezes com Miguel Torga e nunca ousei falar-lhe. A Manuela Morais tem sido de uma dedicação extrema, na vida e depois da partida do FMG, pelo que merece um duplo aplauso: como sua mulher, por tanto ter divulgado a sua obra e por mais esta sua, que soube tecer com dedicação e amor. Parabéns, Manuela!